O sociólogo polônes Zygmunt Bauman, um dos pensadores
contemporâneos mais influentes, nos diz que sim. Ele propõe o conceito de “modernidade
líquida” para definir o momento atual. Assim como a água, a vida e o amor se
tornaram líquidos, eles escorrem pelas mãos o tempo todo, temos medo de relações
duradouras. Para Bauman, não estamos muito dispostos à presença do outro em
nossas vidas já que o enxergamos, muitas vezes, através de olhares apressados e
nos impacientamos no processo de construção das relações. Na sua forma
“líquida”, o amor tenta substituir a qualidade por quantidade, o que não
funciona já que o amor não é um “objeto encontrado”, mas o resultado de esforço
e boa vontade.
Acredito que a qualidade da vida está ligada a qualidade de
nossos encontros. Por isso, ainda no clima de intenções para 2013, o que desejo
para todos nós é que “condensemos” nossas
relações e, quando nos dispusermos a estar com outro, que seja de corpo e alma. Descobrir
novos universos pessoais é uma experiência e tanto, pessoas são como livros, há
muita riqueza nas páginas que se seguem.